Criolo, Duda Beat e Carol Biazin tiram o brilho de músicas da fase mais pop de Rita Lee em EP sem graça e sem razão

  • 18/04/2025
(Foto: Reprodução)
Roberto Frejat soa correto ao reviver o rock ‘Mamãe natureza’ no EP Revisita Rita’ e Iza dá voz a ‘Ovelha negra’ sem a alma da gravação original de 1975. Capa do EP ‘Revisita Rita’, com Carol Biazin, Criolo, Duda Beat, Iza e Roberto Frejat Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE DISCO Título: Revisita Rita Artistas: Carol Biazin, Criolo, Duda Beat, Iza e Roberto Frejat Cotação: ★ ★ ♬ Revisitar o cancioneiro de Rita Lee (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) – sobretudo os hits da fase pop da parceria com Roberto de Carvalho – é tarefa difícil porque a obra da artista paulistana exige leveza, verve e espirituosidade para realçar o brilho desse repertório que abriu alas femininas na seara do rock. Brilho é tudo o que falta ao EP Revisita Rita, idealizado pelo produtor musical Moogie Canazio – amigo do casal Rita & Roberto – e lançado hoje, 18 de abril, pela gravadora Universal Music com gravações inéditas de quatro sucessos da cantora e compositora paulistana. O lote oscila entre a mera correção e a infelicidade dos registros. A falência das boas intenções fica evidente já na primeira das quatro faixas, Chega mais (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 1979). Esse rock pop com clima de disco music e espirito folião perde toda a graça e charme no canto insosso de Carol Biazin e Duda Beat, intérpretes deste hit do primeiro álbum de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Adornada com sintetizada batucada de samba, ouvida após o segundo dos quatro minutos da faixa, a abordagem de Chega mais é reverente ao arranjo do mago Lincoln Olivetti (1954 – 2015), piloto dos teclados (piano e sintetizadores) da gravação original de Rita. Na sequência do EP, o canto de Criolo em Flagra (1982) – outro irresistível hit da obra pop de Rita & Roberto – reitera a sensação de inutilidade dessa revisita. Na batida do rock, o rapper sambista dissipa toda a graça e malícia sensual da música em total inadequação – a ponto de essa constrangedora abordagem de Flagra soar como o ponto menos luminoso da trajetória fonográfica de Criolo. Já a gravação de Ovelha negra (Rita Lee, 1975) – hino geracional da fase de Rita com a banda Tutti Frutti que soa atemporal porque haverá sempre dissonâncias entre pais e filhos – é xerox do registro original da cantora no álbum Fruto proibido (1975), com direito a uma cópia do antológico solo da guitarra de Luiz Carlini. Cantora de voz potente, Iza faz o que pode, mas não consegue dar o recado de Ovelha negra com a alma posta por Rita na gravação original de clima folk. Por fim, a abordagem do rock Mamãe natureza com Frejat é a faixa mais correta do lote de gravações do EP Revisita Rita. Mamãe natureza foi a primeira música composta por Rita, em 1973, após a saída do grupo Os Mutantes. Como Frejat é do ramo do rock, a faixa resultou eficaz, mas sem deixar de tornar questionável a existência de disco sem graça e sem razão de ser porque o EP nada – rigorosamente nada – acrescenta ao cancioneiro imortal de Rita Lee e, pior, ainda presta desserviço ao tirar o brilho das músicas que embala para novos ouvidos e gerações. Rita Lee (1947 – 2023) tem quatro músicas regravadas no EP Revisita Rita’ Guilherme Samora / Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/04/18/criolo-duda-beat-e-carol-biazin-tiram-o-brilho-de-musicas-da-fase-mais-pop-de-rita-lee-em-ep-sem-graca-e-sem-razao.ghtml


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